Se nos atemos a imaginar em nossas casas de QUANDO criança, mergulhamos num tempo só nosso, um tempo lugar. Um tempo da memória que vira QUANDO, é um tempo espacializado.
Nossa memória se constrói no espaço e não no tempo.
Raramente sabemos o tempo exato dos acontecimentos de nossa infância. Alguém tem de nos informar sobre isso.
Mas sempre sabemos do espaço onde os acontecimentos se deram. A memória os grava e se sustenta neles.
Os espaços iniciais, primeiros, os lugares onde a memória guarda mais energia são as casas em que vivemos na infância.
As casas dos avós, dos pais, dos primos, dos vizinhos. Lá, em cada cômodo, deram-se nossos nascedouros.
Cada lugar de cada casa onde vivemos é um espaço profundo em nós. Temos essas casas escavadas, esculpidas no nosso senso de EU, nas nossas referências de pertencer.
Lembram?
Comments